O MINISTÉRIO DE APÓSTOLO



Deus primeiramente deu Cristo à igreja, para ser o seu Cabeça (Ef. 1.22,23), em seguida deu o Espírito Santo para que residisse e dirigisse a igreja (At. 2.4). Além disso, por meio do Espírito Santo, Ele dá dons aos homens, para que estes, liderem Sua Igreja.
A partir desta lição estudaremos os DONS MINISTERIAIS; presentes concedidos pelo próprio Jesus à Sua Igreja, para crescimento do povo de Deus. Começaremos pelo MINISTÉRIO DE APÓSTOLO.

O COLÉGIO APOSTÓLICO

O termo apóstolo (gr. apostello, enviado) quando usado no NT em sentido especial, faz referência àqueles que andaram com Jesus, o viram após sua ressurreição e que foram pessoalmente comissionados por Ele a pregar o evangelho e estabelecer a igreja. Estes tinham autoridade única na igreja, no tocante a revelação divina e à mensagem original do evangelho, como ninguém mais até hoje. O ministério de apóstolo nesse sentido restrito é exclusivo, e dele não há repetição. Os apóstolos originais do NT não têm sucessores.
Segue abaixo a lista dos discípulos escolhidos por Jesus, para serem seus apóstolos (Mt. 10.1-4):
  1. Simão Pedro
  2. André
  3. Tiago
  4. João
  5. Filipe
  6. Bartolomeu
  7. Tomé
  8. Mateus
  9. Tiago, de Alfeu
  10. Tadeu
  11. Simão, o Zelote
  12. Judas Iscariotes (Que após sua morte foi substituído por Matias - At. 1.26)

O APÓSTOLO PAULO

No princípio de sua vida, era um jovem aristocrata de Tarso, embora tivesse sido criado em Jerusalém sob a direção do famoso mestre, Gamaliel. Evidentemente esteve afastado de Jerusalém durante o ministério de Jesus, porquanto nunca o vira pessoalmente, até a visão que lhe foi dada na estrada de Damasco (At. 9). Seu apostolado era autêntico, posto ter visto o Senhor após sua ressurreição, por meio de visões; então foi nomeado apóstolo, tendo sido enviado especialmente aos gentios, e aceito como tal pelos demais apóstolos (Gl. 2.6-9).
Apesar disso, Paulo se considerava bem pouca coisa (1 Co. 15.9). As palavras "o menor dos apóstolos" nada têm a ver com sua estatura física, ou seu poder espiritual, ou suas realizações; porquanto, nessas coisas, ele foi realmente o maior de todos. De igual modo, isso não se pode referir à sua dedicação, ao seu propósito e à sua espiritualidade genuína, pois, uma vez mais, nessas coisas, ele foi o maior de todos os apóstolos. Temos aqui a estimativa humilde em que Paulo tinha a si mesmo, no que concerne ao seu valor pessoal, que ele poderia ter a fim de merecer tão elevado ofício.
Paulo disse ainda que era ele qual um aborto entre os apóstolos (1 Co 15.8); e essa era outra razão para ter-se em tão pouca conta. Ele não via qualquer mérito em si mesmo, como explicação de por que Deus lhe outorgara tão estupenda graça. Contudo, a graça não lhe fora dada em vão. Pelo contrário, a vontade de Paulo correspondia aos impulsos divinos; e isso era tudo que o Senhor requeria da parte dele. Seu "aborto" violento, para fora do judaísmo, fora uma necessidade; porque Paulo era um vaso de valor para o Senhor (At. 9.15).

APOSTOLICIDADE ATUAL

Como já vimos, no sentido mais restrito, quanto ao ofício propriamente dito, não há provas de que o apostolado perdure na igreja até hoje, e os que tomam esse título não apresentam as qualificações ou credenciais do apostolado. A sucessão apostólica é pura imaginação e tradição, sem base nas Escrituras e na experiência humana, isto é, a experiência humana demonstra que àqueles que se fazem apóstolos faltam as qualificações apostólicas.
Contudo. o termo "apóstolo" também é usado no NT em sentido geral, para um representante designado por uma igreja, como, por exemplo, os primeiros missionários cristãos (Rm 16.7). Eram homens de reconhecida e destacada liderança espiritual, ungidos com poder para defrontar-se com os poderes das trevas e confirmar o Evangelho com milagres. Cuidavam do estabelecimento de igrejas segundo a verdade e pureza apostólicas. Eram servos itinerantes que arriscavam suas vidas em favor do nome de nosso Senhor Jesus Cristo e da propagação do evangelho (At. 11.21-26). Neste sentido os apóstolos, continuam sendo essenciais para o propósito de Deus na igreja. Se as igrejas cessarem de enviar pessoas assim, cheias do Espírito Santo, a propagação do evangelho em todo o mundo ficará estagnada. Por outro lado, enquanto a igreja produzir e enviar tais pessoas, cumprirá a sua tarefa missionária e permanecerá fiel a grande comissão do Senhor (Mt. 28.18-20).

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BIBLIOGRAFIA

Bíblia de Estudo Pentecostal. Flórida, EUA: CPAD, 1995, p. 1814

CHAMPLIN, Russell Norman. O Novo Testamento Interpretado Vol. 1. São Paulo: Hagnos, 2012, p.358; Vol. 2. São Paulo: Hagnos, 2012, p.63; Vol. 4. São Paulo: Hagnos, 2012, p.240 e 601

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